Descrição
Com O Doutor Benignus, a Minna finca os dois pés na literatura fantástica nacional. Vamos resgatar a nossa literatura fantástica!
Há 145 anos, O Doutor Benignus, obra-prima de Augusto Emílio Zaluar, foi publicado no jornal O Globo e logo depois em dois volumes, abrindo as portas para o desenvolvimento da literatura de ficção científica no Brasil.
Médico e estudioso das ciências naturais, Benignus escandalizou a sociedade do século XIX ao comunicar sua partida para uma fazenda no interior. “E o que pretendeis fazer de seus filhos, quando chegarem à idade da puberdade, criados longe de todo o contato social?”, perguntaram, ao que o doutor respondeu com um sorriso: “Casá-los! O mais velho com o planeta Vênus, o segundo com a estrela Polar, e o Juca, que é mais moço, com a Lua!”.
Assim, toda a família partiu para a vida pacata do interior, de onde se iniciaria uma viagem científica pelo interior de Minas Gerais até o extremo norte da Ilha do Bananal (Tocantins). O romance de Zaluar é uma aventura de inspiração verniana, repleta de aventuras, mistério, sonhos, natureza e projeção, tendo como plano de fundo a divulgação científica e o conhecimento da riquíssima natureza brasileira. Seu objetivo? Encontrar vestígios atestadores da suposta existência de vida no Sol.
Primeiro romance do gênero de ficção científica do Brasil e da América Latina, na época chamado de “romance científico ou instrutivo”, O Doutor Benignus teve sua estreia em um jornal de Vassouras e foi publicado, no ano seguinte, em 1875, no jornal O Globo, recebendo inúmero elogios e abrindo caminho para o desenvolvimento da ficção científica e da divulgação científica no Brasil.
Nesta edição, a obra de importância histórica recebe uma produção primorosa, com o cotejo com a publicação d’O Globo, ilustrações de Diego Max e de artistas franceses do século XIX, prefácio de Elton Furlanetto, posfácio de Lucas de Melo Andrade. “A mulher de pedra”, conto de Simone Saueressig, faz a abertura da obra.
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